A felicidade e a morte de Moise Kabagambe
A realidade se apresenta triste. Uma morte a mais numa persistente estatística brasileira de violência racial. Consigo sentir uma dor profunda que é fruto de um mal estar que não é só meu. Não fui partícipe das escolhas que resultaram na morte do congolês Moise Kabagambe, no Rio de Janeiro. Mas ela me atinge. Ela integra os meus sentimentos nesta semana. O que fazer? A primeira reflexão a que chego é que a realidade sempre trará situações em que terei uma escolha sobre persistir no meu ideal de felicidade ou a outra opção - que seria terrível: desistir de espalhar boas notícias tão necessárias nesta época. Ah, essa outra opção não faz parte da minha personalidade! Eu amo a vida. A minha e a de todos os outros. Não posso deixar que a escolha absurda daqueles espancadores no Rio me retire a vontade de crer que o Brasil será mais justo...