A arte de amar (Primeira parte)
Texto e fotos: Rosemari Gonçalves
Carl Rogers, criador da teoria que originou a Terapia Centrada na Pessoa, disse que "as pessoas são tão maravilhosas quanto o por-do-sol, se você permitir. Não tento controlar o por-do-sol. Eu assisto com admiração enquanto isso se desenrola".
Essa é uma das definições mais perfeitas do amor.
Para pensar sobre o que é "a arte de amar", precisamos definir o que é arte e o que é amor.
A arte é um mediador de sentimentos, fatos na História ou ideologias. A arte comunica como nós sentimos nossa relação ao mundo, por exemplo, na forma de uma obra literária, uma música, uma escultura ou um roteiro de cinema etc.
O amor é um estado de abertura ao outro.
E Rogers separou três condições básicas para que o amor seja saudável: a empatia diante do outro em um estado de atenção e compreensão ativas; a congruência (proximidade) entre nossas intenções e nossos atos - não adianta amar muito se você não manifesta isso em atitudes; e a aceitação incondicional e positiva do outro em sua singularidade e diferença.
Vivemos um tempo em que os relacionamentos interpressoais são líquidos, breves e descartáveis. As palavras "prolongado e presencial" se tornaram difíceis com a internet, com a pandemia e numa alta velocidade de processamento de informações sobre tudo e a todo momento.
Rogers não viveu num tempo em que as relações afetivas se modificavam tão rapidamente, mas todas as suas considerações para um amor sadio ainda são possíveis.
Planetariamente, sem empatia será impossível salvar a ecologia individual e coletiva. Viveremos um caos de autodestruição caso não mudemos nossa forma de enxergar nossa responsabilidade sobre o que podemos mudar, aqui e agora. O amor deixou de ser supérfluo. É um caso de sobrevivência da espécie e os laboratórios de comportamento já o apontam como a única e última fronteira.
Experimente vê-las assim!
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